Storytelling é a arte de contar histórias. É a habilidade de criar narrativas envolventes que geram identificação e criam vínculos. Em vez de apenas anunciar um produto, você passa a falar sobre emoções, sobre pertencimento, sobre causas, sobre estilo de vida.
Para essa estratégia funcionar no digital, é essencial adaptar sua narrativa a todos os canais, especialmente no Instagram, que é hoje a principal vitrine da moda. Nos stories, nos posts, nos reels, na bio, no seu pack de destaques… Tudo deve conversar com a mesma história central.
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Neste blog, vamos apresentar 5 marcas nacionais que representam através do storytelling, o seu propósito.
- Storytelling 1: Bugbee
A Bugbee é uma marca de roupas infantis que, desde a embalagem até o acabamento das peças, comunica conforto, maciez e sustentabilidade. A linguagem visual é suave, acolhedora e pensada para quem compra (os pais), mas também para quem usa (as crianças).
O storytelling aparece em cada detalhe. O QR Code na embalagem leva o consumidor a uma jornada de informação: o algodão é colhido por pequenas cooperativas, o poliéster é reciclado e os corantes são naturais. Tudo isso se alinha ao desejo crescente por transparência e responsabilidade.
A nova coleção “Os bons e velhos tempos” é um convite à nostalgia: “Uma viagem ao tempo, à nossa infância, em que a felicidade era feita de pequenas coisas: risadas no quintal, brinquedos improvisados e aniversários cheios de alegria”. Essa narrativa conecta pais e filhos, transformando a compra em uma experiência única.
- Storytelling 2: Olympikus
Você sabia que a Olympikus é a maior marca esportiva do Brasil? Desde 1975, ela acompanha os passos brasileiros com tecnologia, acessibilidade e propósito. Mas foi em 2019, com o lançamento do tênis CORRE 1, que a marca virou uma chave importante no seu storytelling: passou a dar protagonismo aos corredores.
A nova campanha “50 anos, 50 corridas, 50 celebrações” promove corridas do norte ao sul do país e demonstra como a Olympikus se conecta aos seus seguidores como uma verdadeira comunidade. Abraçando a diversidade de tipos de corredores, a marca subdivide a ação em “Para se desafiar”, com as maratonas de alta performance como as de São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre; “Para correr com os olhos”, com cenários espetaculares de Florianópolis, Serra do Cipó ou Cataratas do Iguaçu; “Para se divertir”, como a corrida do rock, a do samba, ou a em parceria com o projeto Chapadinhas de Endorfina; e “Para se engajar”, com a corrida de mulheres ou a do Dia da Consciência Negra.
Assim, vende-se mais que um produto, vende-se um estilo de vida. Posicionando o tênis como um parceiro do seu movimento.
- Storytelling 3: Dendezeiro
A Dendezeiro, marca baiana fundada por Hisan Silva e Pedro Batalha, une ancestralidade e vanguarda, criando uma estética única, agênero e atemporal.
Na coleção desfilada do SPFW “Cor de Pele”, a marca se inspirou nas múltiplas tonalidades de pele, trazendo representatividade de corpos negros, indígenas, albinos e pessoas com vitiligo. “Cor de Pele’ nasce como um projeto de emancipação, buscando transformar a diversidade em poesia e poder. Essa pluralidade é o que forma o Brasil”, explicam os fundadores.
E como o storytelling pode ir além da visão? A Dendezeiro apostou no som: o projeto Dendezeiro Sessions relaciona moda e música com artistas convidados, como o rapper Hiran, que gravou um clipe na flagship da marca. “Queremos mostrar que nossa loja é mais que uma arara, é um espaço multicultural”. Ações alinhadas com o propósito transformam os pontos de venda em hubs de conexão. (Saiba mais no post sobre os insights da NRF)
- Storytelling 4: Piet
Criada em 2012 por Pedro Andrade, a Piet é uma marca de moda que nasceu do streetwear, flertando com o sportswear, a arte e as subculturas urbanas. O seu diferencial está na forma como ela valoriza o processo artesanal como parte do storytelling.
Um exemplo é o jeans exclusivo feito em teares japoneses vintage dos anos 60, com ourelas experimentais e padronagens em espinha de peixe. Tudo isso é mostrado em vídeos que detalham o processo de criação, envolvendo o consumidor na narrativa de produção lenta, cuidadosa e ética. Além disso, a marca atua em conjunto com ONGs e artesãos locais, incentivando práticas da economia circular regenerativa.
- Storytelling 5: Osklen
A Osklen é referência em moda consciente desde muito antes do tema se tornar tendência. A marca, criada em 1989, segue o conceito ASAP (“as sustainable as possible, as soon as possible”, traduzido para: “o mais sustentável possível, o mais breve possível”) e desenvolve coleções que contam histórias sobre regeneração, circularidade e respeito.
A estratégia está centrada em três pilares:
1) Regenerate Life: Com o uso de e-fabrics, como algodão orgânico e tingimento natural.
2) Re-Design Waste: Transformando os resíduos em novos materiais, como o nylon feito de plástico reciclado.
3)Respect Our People: Valorizando comunidades, inclusão e empoderamento feminino através do trabalho artesanal.
A Osklen publica relatórios anuais de sustentabilidade, evidenciando suas ações, impactos socioambientais e a forma como gerencia os recursos naturais. Esses compromissos estão no centro do manifesto da marca e se traduzem em cada ponto de contato com o consumidor – do e-commerce às etiquetas – atribuindo ainda mais valor às peças.
E você, está pronta para contar a sua história? Esses cases nos ensinam que o storytelling não é um ‘extra’, ele é uma ferramenta fundamental para diferenciar uma marca comum de uma marca memorável. No seu dia a dia no Instagram, cada story pode ser uma chance de vender não somente o seu produto, mas o seu propósito. Quando você mostra como o vestido valoriza o corpo, como aquela calça é feita com tecidos responsáveis ou a inspiração por trás daquela peça, você está contando histórias que encantam.
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Texto feito pela Equipe Joy House
